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TRABALHOS DOMÉSTICOS NÃO REMUNERADO PODERIA SOMAR 13% AO PIB: SOBRE O CUIDADO QUE PRECISAMOS VALORIZAR



Publicado em: 16/11/2023

Segundo informações da Cecília Cuentro do Site Isto é Mulher, trazido à tona em função das últimas provas do ENEM, o trabalho doméstico não remunerado provoca uma reflexão urgente: precisamos olhar para o cuidado como a função mais importante que desempenhamos para garantir o futuro, no presente, e promover a reprodução da vida, com todas as necessidades que isso exige. É chegado o tempo da defesa verdadeira da sociedade do cuidado.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios continua de 2022 apontou que mulheres que exercem algum trabalho remunerado gastam 6h48 minutos a mais por semana do que os homens, em afazeres domésticos e com os cuidados de pessoas, sejam elas crianças, idosos, enfermos ou pessoas com deficiência. Já dentre aquelas que não realizam trabalho remunerado, a quantidade de horas semanais sobe para 24 horas, o que representa 3h30 por dia.

Dentre aquelas que possuem um trabalho remunerado, as horas semanais dedicadas totalizam 17h48, ou 2h32 por dia. Quando analisadas de maneira geral, as mulheres dedicam 21h18 por semana, enquanto os homens dedicam 11h42.
A partir do recorte racial, as mulheres pretas são as que mais realizam as atividades domésticas e de cuidados, representando 93% do total.

Este é o retrato do trabalho doméstico não remunerado e de cuidados no Brasil.
A desvalorização e a invisibilidade de toda força de trabalho dedicada pelas mulheres, entretanto, têm agregado valor para o sistema econômico do nosso país, mesmo que ainda não contabilizado. Em pesquisa recente (2023) da Fundação Getúlio Vargas, o trabalho doméstico e de cuidado, se fosse contabilizado, acrescentaria 13% ao PIB brasileiro. Se contado em dinheiro, esse valor seria equivalente a toda produção do estado do Rio de Janeiro.



Fonte: Imagem ilustrativa

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